terça-feira, 9 de novembro de 2010

Meu amante

 Meu confidente, meu cúmplice, meu adorado companheiro e amante. Meu cruel tentador de inconsoláveis desejos. Sabem os anjos, que procuro você. Esteja onde esteja, eu procuro você. Meu portal para o além, para o desconhecido, para o criativo, para a criação. Tornaste-me disposta a explorar novos mundos, diferentes visões. E de repente tudo está repleto de amor. E a ofuscada aresta de  luz de uma pequena e sensual rachadura, chama meu nome. É quando eu vou até ela, e mergulho nesse mundo que me é ainda diferente e novo; alheio, mas tão próximo e convidativo que me fazem pensar que somos um só. E talvez assim seja. Porque nem mesmo o solo que piso, nem mesmo o ar que respiro, fazem de mim mais viva do que você faz.




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domingo, 3 de outubro de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

E no final


E no final você acaba aprendendo que criticar não leva a nada, apenas fere; que em vez disso, oferecer uma solução é a melhor saída. Acaba percebendo que não há ninguém melhor e mais capaz de resolver nossos problemas que nós mesmos. Que a rotina só serve para amargar. Que cultura não é o mesmo que sabedoria. Acaba vendo que o amor, por mais platônico que seja ou até não-correspondido, é belo por si só e traz a esperança. E a esperança é a única que te faz crer e querer  ir adiante. No final você acaba percebendo que as pessoas mudam, sim, basta só dar um empurrãozinho e ver que funciona. Você acaba vendo que por mais chateada que você esteja, um momento com os amigos equivale a anos de felicidade. No final vê que fazer amizades é muito fácil, porém mantê-las é mais difícil. Que não adianta brigar com os pais sobre o vestibular, eles têm razão. E você sabe disso. Você acaba aprendendo que a vida é feita de ilusões, mas são essas ilusões que nos fazem sonhar, e são esses sonhos que nos fazem viver. Acaba percebendo que o tempo parece passar cada vez mais rápido. E que a prática leva à perfeição. Você vê que não adianta falar, é preciso correr atrás do seu objetivo. E disso você também sabe, porém muitas vezes esquece. Que a hipocrisia é normal em todos nós, e que apenas sendo honestos com nós mesmo já é uma forma de combatê-la. No final você descobre que o que sua mãe dizia sobre levar agasalho por que estava frio e você ficaria gripado, era verdade, não importa se fosse verão, sua mãe disse, aconteceu. E que todos temos qualidades e imperfeições, e que é isso o que nos torna dignos de sermos humanos, se não houvessem imperfeições, seríamos sem graça, sem personalidade. Aprende que chingar não leva a nada, que só faz de você mais um idiota, se rebaixando em tal sentido. Acaba aceitando que chorar é a melhor forma de desabafo, e que um ombro amigo é o melhor apoio. Que todos possuímos um destino, porém somente nós o trilhamos. Que não adianta reclamar do passado ou até do futuro que ainda nem aconteceu, que é melhor viver o presente, assim só restarão lembranças boas. Você percebe que o amor é um sentimento bipolar. Que perdoar não custa caro. E agradecer também não. Aprende que não adianta ser falso, apenas ser diplomático. No final você aprende que se essa pessoa não te ama do jeito que você quer, não significa que ela não se importa com você, é apenas uma forma diferente de amor. Aprende que julgar alguém sem ter certeza pode levar muitas vezes à desgraça, que é melhor se certificar antes. Que não podemos nos deixar vencer por nenhuma circunstância. Que a derrota depende de nós, assim como também o sucesso. Que colhemos aquilo que plantamos. Acaba vendo que as palavras têm grande influência em nossas vidas e conseqüências. Que o pessimismo só leva à miséria e desilusão. E você percebe que enquanto esperas a morte, a vida espera por você. E, no final, você se dá conta de que é melhor vivermos ao máximo cada momento de nossas vidas, para assim termos nascido chorando, e morrido sorrindo.


 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Necessário

Sei exatamente e posso detalhar como é tal sentimento; se sentir apreciada, por mais que por um ínfimo período de tempo (que depende da pessoa...equivale a uma eternidade), e que por mais que você saiba que é profundo, você quer mais. Isso é algo muito bom, sim.
A forma como você se sente, como se estivesse voando no mar, nadando no ar. Como se tudo o que há, tudo o que lhes rodeia no momento, sumisse, como num piscar de olhos. É algo tão bom que chega a ser perigoso...mas na hora você não pensa nisso, não reflete, nem de perto.
Palavras que antes eram vulgares - ou são, aos ouvidos da maioria das pessoas - se tornam completamente comuns, normais. Se tornam belas, maravilhosas, desejadas.
 Se tornam uma ordem.




        
                              

domingo, 22 de agosto de 2010

Onde está?

Interessante como passo épocas na minha vida tão distinas às anteriores. É como se eu nascesse novamente em uma outra vida, ou, melhor, adquira novos conceitos ou teorias sobre determinados assuntos. Muitas vezes melhoro, acredito eu. Outras, não. E aí eu penso: preciso vê-lo. "Preciso de você."

Onde está meu tesouro? Esse tesouro que me espera naquela ilha abandonada. Onde está? Procuro, procuro e não consigo achá-lo. O que está acontecendo? O que está acontecendo cumigo? E quando eu o achar, darei-lhe valor suficiente? Talvez nem eu mesma saiba a resposta pra isso.





segunda-feira, 9 de agosto de 2010

All I Ask of You - Phantom of the Opera

RAOUL
No more talk of darkness,
Forget these wide-eyed fears
I'm here, nothing can harm you
my words will warm and calm you
Let me be your freedom,
let daylight dry your tears.
I'm here with you, beside you,
to guard you and to guide you...

CHRISTINE
Say you love me every waking moment,
turn my head with talk of summertime...
Say you need me with you now and always...
Promise me that all you say is true
that's all I ask of you

RAOUL
Let me be your shelter
let me be your light
You're safe, No one will find you
your fears are far behind you...

CHRISTINE
All I want is freedom,
a world with no more night
and you, always beside me, to hold me and to hide me...

RAOUL
Then say you'll share with me
one love, one lifetime
let me lead you from your solitude
Say you need me with you here, beside you...
anywhere you go, let me go too
Christine, that's all I ask of you...

CHRISTINE
Say you'll share with me one love, one lifetime...
say the word and I will follow you...
(right) BOTH:
Share each day with me,
each night, each morning...
(right) CHRISTINE
Say you love me...

RAOUL
You know I do...

BOTH
Love me - that's all I ask of you
Anywhere you go let me go too
Love me - that's all I ask of you...






sexta-feira, 2 de julho de 2010

Behind



Regrettably, he plays with me in the palm of his hand.
With one word, he is the king of all people standing above.





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terça-feira, 22 de junho de 2010

O Lago



Extenso, profundo e velho, era o lago. Naquela tarde fomos até ele, meu pai e eu. Costumávamos passar por ele de vez em quando, em nossos passeios de bicicleta, por isso conhecíamos-no muito bem. Porém estava diferente naquele dia. Lembro-me perfeitamente, como o sol, lentamente adormecendo, refletia seus raios sobre a superfície da água, por entre o contorno preto dos morros mais atrás, formando um oásis laranja e corado sobre o nítido espelhar do lago, parecendo um universo paralelo, e no entanto, incrivelmente acolhedor.
Paramos, os dois, nas margens, esperando algum inexistente sinal ou apenas desejando que aquelas carícias cálidas e luminosas não tornassem a nos abandonar. Ele então, abraçou-me forte. Senti-me como que expelida de uma vida da qual eu era e sempre fui parte, e agora estava sendo arrastada para o mais longe dela. Tão perto dela, e remotamente, tão distante. Mais tarde eu perceberia  como aquele abraço inesquecível tornara-se a mais torturável lembrança em minha vida.
Caminhou em direção ao lago, e entrando em uma pequena canoa, remou à lentidão de sua solidão, para depois deixar a água afastá-lo aos poucos, enquanto eu observava o entardecer esconder seus últimos raios de luz...
Esperei por ele até o fim daquele dia. Assim como nos seguintes.
Mas ele nunca voltou.
       

Certo dia, após oitenta e dois anos, ainda a sua espera, parei em frente ao lago, já seco pelo tempo e coberto de capim. Algo me dizia para entrar, para buscar instintivamente por algo que eu esquecera até antão.
Chegando a uma área circular, onde o capim e a mata rebeldes não ousaram invadir, encontrei-o.
Apenas as madeiras envelhecidas do que uma vez fora uma canoa restavam ali, semi-enterradas na areia. Mesmo assim, eu sabia que ele estava ali. E soube disto mais ainda quando vi sua imagem à minha frente, esperando por mim.

domingo, 6 de junho de 2010

Arranque-me


Arranque-me das promessas,
Pois mentir não é jurar.
Arranque-me da espera,
Pois a ansiedade á de se apiedar.
Arranque-me dos beijos,
Pois contratos não quero assinar.
Arranque-me dos teus braços,
Pois só irão me sufocar.


Arranque-me da essência, do ar,
Pois a pureza irá me infectar.
Arranque-me da realidade,
Pois a loucura é meu lugar.
Arranque-me desta terra,
Pois as flores, com o tempo se vão.
Mas não me arranque desta maçã,
Pois o pecado é uma ilusão.








quinta-feira, 3 de junho de 2010

Você


Você sempre me procurou
Na escuridão, você nunca me achou.
Nos meus braços, compaixão você buscava,
Só encontrou o ódio que me alimentava.
Você queria de mim, um pedaço
Queria um doce abraço
Você ignorou minha pena,
Você, então, pisou no fracasso.
Você lutou com seus demônios
Esqueceu a realidade
Brincou com as palavras,
Você caiu na insanidade.
Nos altos dos morros, você subiu
No casto, e seco solo, esperei
Teu belo e alto esplendor,
Você riu, e o sol, então, surgiu.
Iluminou meu ser, meu todo
Penetrou seus raios em mim
Você me queimou, me incendiou,
Até agora, até o fim.




domingo, 23 de maio de 2010

A Luz, Por Trás do Escuro








Percebo minhas falhas, enquanto anseio por mais uma carícia nesta escuridão fechada e empoeirada.
Vendo uma folha ao chão, inclino-me até ela, e a seguro entre meus dedos. Suas finas leveduras fazem-me recordar de tristes memórias de um tempo passado, onde nem a terra, e nem o verde faziam parte deste mundo.
Volto a largá-la ao chão. É nesse instante que sinto naufragar em mares de desespero, procurando alcançar uma mão, que me é desconhecida.
Talvez seja ele? Penso. Mas volto a me conscientizar de que esse pensamento não me é permitido. Mais uma vez.
A folha, então, desaparecera. Carregada pela fria brisa que corre entre portas fechadas. A poeira estancada fora levada junto, deixando os azulejos do piso tão tentadoramente vulneráveis quanto minha vontade de chorar.
Atiro-me à ele, arranhando as pinturas numa tentativa inútil de abafar as lágrimas. E enquanto elas escorrem pelo meu rosto, fecho os olhos, retendo o último sopro que me resta desta vida.
É assim que acordo, segundos depois, entre lençóis suaves e acolhedores. E vejo seus olhos adormecidos. Sua mão estendida para mim. 







sábado, 8 de maio de 2010

O Estranho



Ele fixará seus olhos nos teus
Tomando para si, todo teu esplendor
Deliciar-se-á com o negro estrelar do céu
Enquanto observa o luar crescer,
Brilhando de ânsia e de dor.

Ele enrolará seus cabelos nos teus,
Inalando a fragrância na seda suave e macia
Ele aproximará seu queixo
Nas curvas nuas de tua nuca,
Aspirando a inocência de teu ser.

Brincará com suas cordas vocais,
Cantando a doce melodia dos anjos,
Oferecendo toda sua existência
Para afundar em seu mais prolongado eco
Para que quando o deixes,
Sintas a angústia, sua ausência.

Ele lhe tomará em seus braços,
Roubará teu hálito, arrancando-te deste mundo.
Provará o prazer violentamente,
Esvaziando-o até o fim, até o fundo.

Através dos bosques, entre as árvores
Passando no estômago até os calcanhares.
Ele bebe a seiva que tua veia faz correr,
Tu eres a razão do seu viver.




                                            
"[...]- Ali não tenho poderes. Entretanto...Madeleine foi criada. Você está livre.
- E você satisfeito - disse eu, retomando o autocontrole.- Não pretendo ser desagradável. Você me tem. Eu o amo. Mas estou mistificado. Está satisfeito?
- Como poderia não estar?- perguntou.- Claro que estou satisfeito."

(Entrevista com o Vampiro, Anne Rice)




quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Fim

Hoje decidi parar com tudo.   
Chega desse sentimento horrivel. Chega de sofrer.  
Chega disso.  
Não me sinto com mais vontades para continuar com vontade de continuar sentindo isso. Até por que lá no fundo, eu sempre soube que nucna seria assim. E ultimamente até isso tem se traspassado na minha frente como uma simples e leve brisa, trazendo consigo a verdade nua e cruel.
Quero poder sentir-me livre novamente. Quero poder livrar-me dessa prisão que me tem como idiota. Deixar de ser idiota, para ser mais precisa.
Ontem foi um dia triste, para mim. Mas ao mesmo tempo sinto-me satisfeita e aliviada por ter-me feito compreender o atu al estado em que estou agora. Hoje, agradeço por isso. 

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

The Curse of the Fallen Angel


The comfort words once whispered
Makes me want to ruin you…
With my hands trembling, I hold
And tenderly surround you.

The sound of the cruel silence
After I steal you away…
But I continue to lock you
For the longest prey.

Burning those deep feelings
Burning the killing thought…
I finally fall.
And the memories stuck.

Swallow my dreams, I said.
So I let myself die inside your breath
As you caress my face, my soul
With your beautiful stained glass.